11/02/2020
Em 2019, a produção industrial do País caiu 1,1% em relação ao ano anterior, anulando o crescimento de 1,0% de 2018. Nesse contexto, foram registradas quedas em sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física), destacando-se os estados do Espírito Santo (-15,7%) e Minas Gerais (-5,6%), com retrações bem mais fortes que a média da indústria nacional. No outro extremo, as altas mais expressivas foram observadas no Paraná (5,7%), Amazonas (4,0%) e Goiás (2,9%).
Houve também queda na produção industrial da região Nordeste (-3,1%), motivada pelo declínio da atividade industrial nos estados da Bahia (-2,9%) e de Pernambuco (-2,2%), uma vez que a produção industrial do Ceará avançou 1,6%, em ritmo quatro vezes maior do que o verificado em 2018, quando o crescimento fora de apenas 0,4%, sinalizando uma melhora da atividade industrial cearense em 2019. Portanto, dentre os três estados pesquisados na região Nordeste pelo IBGE, em 2019, houve expansão da produção industrial somente no Ceará.
Atendo-se aos 12 ramos da indústria cearense pesquisados pelo IBGE, quatro acusaram recuo na produção: fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-9,7%), fabricação de produtos têxteis (-8,6%), fabricação de produtos alimentícios (-5,8%) e metalurgia (-4,1%).
Em compensação, elevou-se a produção industrial do estado notadamente nas atividades industriais correlatas à fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (104,8%), de outros produtos químicos (7,9%), de bebidas (5,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,6%) e de produtos de minerais não-metálicos (5,3%), dentre outras.