04/12/2020
O acesso à tecnologia nos permite em só clique ter em nossas mãos um mundo de informações. Criada com o objetivo de encurtar distâncias, possibilitar que processos manuais trabalhosos sejam feitos rapidamente, facilitando diagnóstico de doenças, seus tratamentos, eficiência e rapidez na obtenção de produtividade, e por conta disso, obter melhores resultados.
Quando falamos sobre o futuro do mercado de trabalho, os especialistas deixam uma coisa clara: o futuro é hoje. E ainda mais porque a nova pandemia de coronavírus acelerou muitas coisas, e boa parte delas no ambiente de trabalho.
De acordo com o relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial, sobre o Futuro do Trabalho (The Future of Jobs) em 2022, mais de um terço das competências (35%) que são consideradas importantes no mercado de trabalho atual já terão mudado.
A transformação digital chegou e não há como voltar atrás. A tecnologia avança sem precedentes e está mudando a forma como vivemos. Facilitou o atendimento médico por meio da telemedicina, o jeito de pedir um taxi, de participar de uma entrevista de emprego de forma remota, de estar em reunião com pessoas de diferentes lugares, e de passar por intervenção cirúrgica com ajuda de robô. Mas tem uma coisa que, mesmo tendo tecnologia disponível, ainda está longe do ideal: a acessibilidade.
Não por falta de tecnologia para facilitar a vida de quem anda de cadeira de rodas, não vê, ou escuta. No entanto, falta aplicar o que temos disponível, aperfeiçoar ou criar novos instrumentos. Porém, a preocupação com acessibilidade ainda não faz parte da cultura de muitas empresas e se faz necessário está mais presente no nosso dia a dia viabilizando a ampliação de ônibus adaptados, calçadas acessíveis, acesso à audiodescrição e a língua brasileira de sinais (LIBRAS), demolindo as barreiras impeditivas da inclusão desse público, garantindo seu direito de cidadão.
A transformação do espaço físico é a primeira coisa a ser feita. Dentre algumas medidas básicas que são recomendadas estão a instalação de rampas, elevadores e banheiros adaptados entre outros.
Ainda nesse rol de medidas, temos a tecnologia assistiva representada por produtos, equipamentos, metodologias, práticas e serviços que promovem a participação visando sua autonomia, independência, qualidade de vida, juntamente com a remoção das barreiras atitudinais que se constituem obstáculos a inclusão, impactando na vida dessas pessoas. Tais medidas são fundamentais numa sociedade democrática que respeita a diferença.
De acordo com o censo de 2010, realizado pelo IBGE, 45 milhões de pessoas declararam que têm algum tipo de deficiência. Isso significa que podemos estar deixando de atender muitas delas por não ter um software ou um site acessível e até mesmo deixando de contratar excelentes profissionais por preconceito e desconhecimento de como lidar com o diferente e a diversidade.
Uma questão que deve ser levada em conta é: será que é possível atender à demanda de pessoas cegas e surdas, por exemplo, sem está sensível a essa causa, ou tê-las na equipe? A lei nº 8. 213 de 24.7.91 está em pleno vigor a quase 3 décadas e os resultados ainda são tímidos diante do contingente expressivo dessa clientela e da atitude de empresas que relutam em contratar.
Não é fácil nos colocarmos no lugar dos outros. Temos a plena convicção da existência de um mundo de possibilidades e que num futuro próximo irá contribuir para a melhoria de vida em todos os âmbitos, saúde, educação e trabalho. O investimento em tecnologia de ponta pode ajudar muito a encontrar novas soluções, que minimizem o abismo da exclusão ainda tão presente oferecendo novas oportunidades que ajudem na inclusão de maneira mais eficiente.
Nós temos em nossas mãos uma série de tecnologias que podem ajudar na inclusão dessas pessoas. O desafio maior é a sociedade compreender e querer enxergar que por trás de uma cadeira de rodas existe uma pessoa que tem potencial e capacidade e entender o poder da diversidade no mundo.