18/10/2019
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o mercado de trabalho do estado do Ceará gerou 6.323 empregos com carteira assinada em setembro desse ano, após os 4.525 de agosto passado, resultado de 33,8 mil admissões e de 27,5 mil desligamentos, terceiro mês seguido de saldo positivo e melhor resultado do ano, em número muito similar ao de setembro de 2018, quando foram contabilizados 6.355 novos empregos no estado.
No acumulado de janeiro até setembro desse ano, foram computados 5.090 empregos formais adicionais, resultado muito inferior ao número de empregos criados no Ceará no mesmo período de 2018 (21.918), indicativo da lenta recuperação do emprego estadual. Outro aspecto negativo associado ao resultado acumulado de janeiro a setembro de 2019 é que, apesar de indicar modesta ampliação na oferta de emprego com carteira assinada no estado, nove de cada dez empregos gerados no período ou foram empregos intermitentes (1.384) ou empregos em tempo parcial (2.861), o que representa 92,6%
dos empregos gerados no Ceará, considerando a série não ajustada.
O resultado de setembro refletiu avanços do emprego formal em todos os setores econômicos, sinalizando uma ampliação disseminada do emprego na economia cearense: serviços (3.096 empregos), comércio (1.054), indústria de transformação (1.046), agropecuária (733), construção civil (259), indústria extrativa mineral (51), dentre outros. Portanto, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação foram responsáveis por 82,2% dos empregos gerados no Ceará no referido mês, além de a indústria de transformação, com saldos positivos em nove dos doze ramos industriais pesquisados, e o comércio retomarem as contratações.
De janeiro a setembro de 2019, os serviços geraram 9.583 novos empregos no estado e a agropecuária, 1.114, enquanto o comércio (3.038 empregos a menos), a construção civil (-2.294) e a indústria de transformação (-846) demitiram mais do que contrataram, o que embasa a assertiva sobre a lenta retomada do emprego no Ceará.
Dessa forma, o mercado de trabalho cearense fechou setembro do corrente ano com um estoque de emprego celetista de 1.154.884 empregados, dos quais 44,5% trabalham no setor de serviços e 21,5% no comércio, o que ressalta a importância do setor terciário na dinâmica do emprego formal do estado.
*Por Mardônio Costa.
Analista do Mercado de Trabalho